por Eloise Faistauer de Borba
Lidar com a as diferenças não é tarefa fácil. Quando penso em cultura de gêneros lembro de personagens da literatura como Joana D’arc que foi educada para ser uma boa esposa, mas que cortou o cabelo bem curto, vestiu-se de homem para poder realizar a sua missão.
Atualmente, ainda vivemos em uma sociedade, em pleno século XXI, que, culturalmente, a mulher ainda é vista como aquela que cuida da casa e dos filhos para que o homem trabalhe e ganhe o sustento da família. Ainda possuímos profissões que são exclusivas de mulheres como ser professora, cozinheira, cabeleireira, enfermeira e outras profissões que são denominadas de homem, piloto de avião, caminhoneiros, pedreiros... Precisamos de uma educação que quebre com essa desigualdade e com esse rótulo entre gêneros. A educação é quem poderá transformar essas desigualdades entre os gêneros. Infelizmente, meninos e meninas são educados de forma diferente e para a mulher cabe a submissão. O homem é criado para o público e a mulher para o privado. A menina pode ser sensível e o menino não pode chorar. Menina brinca com bonecas e os meninos com carrinhos. Ao homem cabe usar azul e as mulheres rosa.
A escola tem um papel importante nestas conquistas. No entanto, ainda é pequeno o trabalho desenvolvido sob a perspectiva de gênero para potencializar a educação como um verdadeiro instrumento de democracia e equidade para o futuro que desejamos. A escola poderá certamente contribuir para uma maior igualdade entre homens e mulheres no conjunto da sociedade, à medida que caminhar na direção de uma educação não-sexista, que contribua para superação de preconceitos e para a construção de pessoas comprometidas com a igualdade de direitos entre os sexos.
É necessário que para se evitar uma educação sexista devemos impedir grupos por sexo, realizar uma leitura crítica dos livros didáticos a partir da perspectiva de gênero, passar a analisar a realidade da sociedade brasileira e qual é a verdadeira importância da mulher na nossa sociedade, tentar acabar com os estereótipos que prende homens e mulheres em mundos divididos e ditados por padrões de comportamento. Se hoje as mulheres ocupam outros espaços e não desempenham apenas o papel do privado é porque questionou e lutou pela igualdade entre homens e mulheres. Há, ainda, um grande desafio da educação na construção de um ensino não sexista e que ajude a transformar a nossa sociedade.
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