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domingo, 3 de julho de 2011

Onze cadeirinhas. Início ou final?




Por que será que chamamos  de Jardim da Infância o espaço onde crianças com menos de cinco anos permanecem  pela primeira vez na escola?
Jardim é um local  que nos remete a paz, é  lá que encontramos flores, muitas flores coloridas, de todas  as espécies...  Encontramos insetos, mas lembramos  somente daqueles que são graciosos como abelhas, borboletas, joaninhas... Infância é a fase mais linda da nossa existência. Somos ingênuos, mimosos e puros.


Onze cadeirinhas marrons, queimadas pelo fogo.


Será que o espaço “Jardim da Infância” possui essas mesmas qualidades? Será que esse é o nome ideal para esse local?
A educação  infantil é o  início de tudo. É lá que exploramos e entramos em contato com a primeira educação. É permitido provar, tocar, sentir, cheirar. Talvez seja por isso que a chamamos de Jardim da Infância.


Onze cadeirinhas marrons, queimadas pelo fogo, danificadas.


Quando saímos do Jardim da Infância vamos para um local onde  nada mais é permitido. Passamos a conviver com o “não”. Não levantar, não pode ir ao banheiro, não pode conversar, não pode pensar. Passamos a fazer parte da Educação Básica. Bem  básica. Aprendemos apenas o que é necessário, isso quando aprendemos. É nessa fase que saímos da infância para a juventude.  Quantos questionamentos... Muitos sem respostas, muitos ficaram pelo caminho.

Onze cadeirinhas marrons, queimadas pelo fogo, danificadas, quebradas.

Vem o Ensino Superior. Talvez superior porque poucos, muito poucos, o alcançam.
Onze cadeirinhas  em círculo, cada uma com sua característica peculiar.  Será o início ou o fim de um caminho dentro da educação?
Onze cadeirinhas em círculo, cada uma com sua característica peculiar.
Onze, número mestre, número da intuição. Intuição de  que nem tudo é perfeito. Sombras rondam a educação.
Onze cadeirinhas marrons, queimadas pelo fogo, danificadas, quebradas. Será o início ou o final?
Onze cadeirinhas...

por Eloise Faistauer Borba

Texto criado a partir da obra  “Jardim da Infância”, http://lia-mennabarreto.blogspot.com/2007/11/calor-queimas-luz-1996-galeria-thomas.html

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